Quase 159 quilos de moedas, de mais de 40 países, foram retirados pelos socorristas na área das passarelas do Parque Nacional do Iguaçu, aproveitando o rebaixamento do nível do rio, devido ao fechamento de comportas nas barragens localizadas a montante. Além das moedas, foram encontrados celulares, pingentes, correntes, colares e anéis, entre outros objetos.

A tarefa de limpeza do leito do rio foi uma iniciativa da concessionária Urbia Cataratas e contou com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do lado brasileiro do parque.

Operação de limpeza nas Cataratas (redes sociais).

Autoridades do Parque e ambientalistas argumentaram que essa “tradição” de turistas jogarem moedas das passarelas gera um grave problema ambiental, contaminação do lençol freático e danos aos animais da região, que confundem objetos de metal com possíveis presas.

A prática de arrecadação de moedas é realizada uma vez ao ano em ambos os parques, mas sempre dependerá da vazão do rio Iguaçu. Uma calha íngreme é necessária para que os operadores possam descer com segurança até o leito do rio e realizar o salvamento dos objetos.

Da empresa Iguazú Argentina, concessionária dos serviços do lado argentino, disseram que realizaram o resgate das moedas quando os operadores desceram ao rio para resgatar as passarelas que haviam sido arrastadas pela enchente de outubro passado ano.