A nomenclatura dos furacões é um sistema organizado para nomear tempestades tropicais e furacões que se formam nas diferentes bacias oceânicas do mundo. Este sistema é gerido por organizações meteorológicas, como a Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, com o objetivo de evitar confusões e facilitar a comunicação eficiente entre cientistas, meios de comunicação e o público em geral.
O meteorologista australiano Clement Wragge foi o primeiro a usar um nome próprio para chamar esse fenômeno meteorológico no final do século XIX. Aparentemente, ele começou a nomeá-los em ordem alfabética, seguindo primeiro o alfabeto grego e depois o romano. Depois optou por nomes mitológicos e nomes de políticos dos quais não gostou e, por fim, optou por nomes femininos.
Existem vários motivos pelos quais se decidiu usar nomes para nomear furacões e tempestades tropicais. Em primeiro lugar, podemos dizer que esta prática promove clareza e precisão, pois os nomes nos permitem identificar e referir-nos a uma tempestade específica sem necessidade. Usar números ou códigos técnicos que podem ser confusos. Também facilitam a comunicação eficaz, uma vez que os nomes são mais fáceis de lembrar e comunicar, especialmente em situações de emergência onde informações precisas são cruciais. E em terceiro lugar, mas não menos importante, ao personalizar as tempestades com nomes, os avisos e alertas meteorológicos têm mais impacto, ajudando a aumentar a consciência pública sobre os perigos e facilitando a prevenção.
Clement Wragge, primeiro meteorologista a dar nomes aos furacões.
Agora, como os nomes são escolhidos atualmente? A OMM mantém listas de nomes pré-estabelecidas para cada bacia oceânica, como o Atlântico Norte e o Pacífico Norte Oriental, que são as duas principais bacias onde se formam furacões que afetam a América do Norte, a América Central e o Caribe. Essas listas geralmente são alternadas a cada seis anos. Cada lista contém 21 nomes, alternando entre nomes masculinos e femininos, evitando nomes iniciados pelas letras Q, U, X, Y e Z por falta de opções disponíveis.
No caso de um furacão ser particularmente devastador, seu nome poderá ser retirado da lista e substituído por outro. Isto é feito para evitar a dessensibilização das vítimas e sobreviventes da tempestade, reutilizando o nome. Isto ocorreu, por exemplo, com o Katrina, a fatídica tempestade de categoria 5 que devastou a costa leste dos Estados Unidos em 2005.
Aqui apresentamos a lista preparada para a temporada de furacões no Atlântico de 2023: Durante este ano ocorreram 20 tempestades tropicais e furacões nomeados.
Arlene
Bret
Cindy
Don
Emily
Franklin
Gert
Harold
Idalia
Jose
Katia
Lee
Margot
Nigel
Ophelia
Philippe
Rina
Sean
Tammy
Vince
Whitney
Por sua vez, para 2024 foi apresentada a seguinte lista, da qual até o momento foram utilizados os 5 primeiros nomes:
Alberto
Beryl
Chris
Debby
Ernesto
Florence
Gordon
Helene
Isaac
Joyce
Kirk
Leslie
Michael
Nadine
Oscar
Patty
Rafael
Sara
Tony
Valerie
William
O Katrina foi removido da lista de nomes porque foi uma tempestade devastadora.
Esses nomes fazem parte de uma rotação estabelecida e, se algum desses furacões se mostrar particularmente destrutivo, seu nome poderá ser retirado e substituído por outro em listas futuras. Este sistema não só ajuda a organizar a informação meteorológica, mas também é essencial para a segurança pública, garantindo que os alertas e avisos sejam claros e eficazes.